Texto: Fabiana Paiva // Fotos: André Gomes de Melo/ Imprensa RJ
Cerca de 300 jovens da Rocinha, na Zona Sul do Rio, tiveram aula com grandes campeões olímpicos e mundiais da natação nesta sexta-feira (27/9). Quinze atletas consagrados do Brasil, Austrália, Estados Unidos e França caíram na piscina do Complexo Esportivo da comunidade para ensinar algumas técnicas às crianças da área pacificada. A iniciativa faz parte do II Desafio Piraquê de Raia Rápida, competição que conta com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer.
Depois de fazer demonstrações de nado costas, borboleta, peito e crawl, os atletas ficaram na arquibancada para torcer pelas crianças que competiam entre si e participavam de revezamentos. Além da oportunidade de trocar experiência com os ídolos, os jovens nadadores foram premiados com medalhas e óculos de natação.
Aluna do Complexo Esportivo da Rocinha há dois anos, Maria Joyce Serafim, de 10 anos, comemorou o terceiro lugar como se fosse o primeiro. Ganhou a primeira medalha na natação e, ao ver os campeões na piscina, obteve inspiração para treinar um novo nado.
“Foi tudo sensacional. Cheguei em terceiro lugar com muito orgulho e será apenas a primeira de muitas medalhas. Vi o nado costas e acredito que vou conseguir me desenvolver mais. Estou mais apaixonada pela natação”, disse Maria.
Confiante e ousado, Dhiullyano Jefferson, de 14 anos, não quis competir apenas com os colegas. O aluno da turma de polo aquático desafiou o americano Adam Mania na competição dos 25 metros livre. O adolescente recebeu dicas e elogios do integrante da equipe campeã do Desafio Piraquê de Raia Rápida do ano passado, mas garantiu que não ganhou por pouco.
“Ele pulou antes e me atrapalhei com os óculos. Fiquei tremendo. Mas no polo aquático levou a melhor”, afirmou Dhiullyano.
Depois de servir de inspiração para os pequenos nadadores, os campeões pediram para fazer um passeio pelas ruas da comunidade. Os atletas tiraram muitas fotos e interagiram com os moradores.
“A Rocinha é um ícone, e todo estrangeiro quer conhecer. Eles ficaram deslumbrados e comentaram que, cada vez que visitam o Rio, percebem que a cidade está mais segura”, disse João Junior, da equipe brasileira.