Juliana Alcantara
Presente ao lançamento da cartilha “Cidadão com Segurança”, desenvolvida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), lançada nesta quarta-feira, 6 de novembro, na Rocinha, o Coronel Frederico Caldas, coordenador-geral da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), enalteceu o projeto e o conteúdo da publicação: “Os conselhos estão em consonância com o princípio da cidadania”.
Segundo o Coronel Frederico, a cartilha do MP está alinhada com o princípio da Polícia Militar sobre intolerância com casos de violação dos direitos dos cidadãos. “É inaceitável que tenhamos abusos de poder. O policial não pode desrespeitar o cidadão, mas sim servi-lo. Não compactuamos com o desvio de conduta. O que aconteceu aqui é inaceitável. Fazendo as coisas que estão na cartilha, nós não teremos mais nenhum caso Amarildo”.
Lançada na Quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, em São Conrado, a publicação é um instrumento para informar os moradores de comunidade sobre os direitos e deveres dos policiais e dos cidadãos, e como a relação de respeito é traçada quando cada um realiza o seu papel. A edição será distribuída entre líderes comunitários e nas bases das 34 UPPs do Estado.
O evento foi aberto para a comunidade e recebeu, além das autoridades, alunos, moradores e um grupo de capoeira da Rocinha. Aline Carrulo da Silva, de 16 anos, é estudante do primeiro ano da escola Ayrton Senna, e diz que a cartilha vai ajudar os moradores da comunidade. “Nós nos sentimos desinformados. Eu e minhas amigas vamos passar o que aprendermos, para família e para os amigos”.
O presidente da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública, Mario Luiz Bonsaglia, disse que a cartilha esclarece à população, de forma clara e didática, quais são os deveres e os direitos da autoridade policial. “Os cidadãos devem saber quais são os limites da polícia. O resultado final passa a ser positivo”.
Há um mês no comando da UPP Rocinha, a Major Pricilla, crê que a ação seja importante não apenas para a comunidade, mas também para quem vive fora dela. “Essa é mais uma ferramenta de conhecimento, é uma ratificação dos direitos”, declarou a comandante.